State Grid Inicia Obras do Bipolo Graça Aranha–Silvânia e Acelera Integração da Energia Renovável à Rede Naciona
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- há 4 dias
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Investimento de R$ 9 bilhões marca avanço da transmissão HVDC no Brasil e viabiliza novos projetos eólicos e solares
A State Grid Brazil Holding (SGBH) deu início às obras do bipolo Graça Aranha–Silvânia, uma das maiores iniciativas de infraestrutura energética em curso no Brasil. O empreendimento, que demandará R$ 9 bilhões em investimentos, terá cerca de 1.400 km de extensão em tecnologia HVDC (High Voltage Direct Current) e irá conectar o Maranhão a Goiás, reforçando a malha de transmissão entre o Norte/Nordeste e o Centro-Sul do país.
O projeto foi arrematado no leilão de transmissão da ANEEL realizado em dezembro de 2022, com deságio agressivo de 46,12% no valor da Receita Anual Permitida (RAP), e é estratégico para garantir o escoamento da energia renovável em expansão nas regiões Norte e Nordeste, além de promover a segurança elétrica nos centros de carga mais intensivos do Brasil.
Uma linha de alta capacidade que transforma o sistema
A linha HVDC Graça Aranha–Silvânia terá capacidade de transmitir até 4.000 MW, o equivalente à demanda de uma metrópole como São Paulo em horários fora de pico. Com menor perda de energia por quilômetro e maior eficiência operacional, a tecnologia HVDC é ideal para conectar polos distantes de geração — como o Nordeste, cada vez mais dominado por usinas solares e eólicas — a regiões consumidoras do Sudeste e Centro-Oeste.
O bipolo contará com duas subestações conversoras de ponta, além de estruturas complementares ao longo do traçado, que cruzará diversos estados. O início da operação está previsto para 2029, e o projeto é parte central da estratégia da State Grid de consolidar sua presença no Brasil como um dos principais operadores de infraestrutura energética do país.
Além do impacto técnico, o projeto deve gerar milhares de empregos diretos e indiretos, impulsionar economias locais e incentivar a instalação de novos empreendimentos renováveis nas regiões de origem da linha, ao destravar gargalos de escoamento que hoje limitam a entrada de novos players.
Alívio para a rede e estímulo ao investimento em renováveis
Atualmente, muitos projetos de geração solar e eólica no Norte e Nordeste enfrentam restrições de escoamento e curtailment — quando a geração precisa ser reduzida por falta de capacidade na rede. A construção do bipolo Graça Aranha–Silvânia é vista como uma resposta concreta a esse desafio, ao criar um corredor de exportação de energia renovável para o Sudeste e Centro-Oeste, regiões de maior carga e menor crescimento da geração local.
Com a nova infraestrutura, espera-se um aumento na atratividade de novos investimentos em projetos renováveis, especialmente no Ambiente de Contratação Livre (ACL), que depende de infraestrutura eficiente para garantir contratos firmes com consumidores finais.
Como a ePowerBay apoia a análise técnica, regulatória e estratégica desse avanço
A plataforma ePowerBay é uma aliada essencial para agentes interessados em entender e aproveitar os impactos de obras como o bipolo Graça Aranha–Silvânia. Entre os recursos mais relevantes estão:
1. Mapas de infraestrutura de transmissão
Visualize todas as linhas existentes, em construção ou autorizadas, com filtros por tensão, extensão, status regulatório, agente responsável e conexão com subestações.

2. Painel de Leilões de Transmissão
Acompanhe os projetos leiloados, datas de entrada em operação, investidores envolvidos e localização exata, além dos deságios e indicadores de RAP.
3. Análise de saturação e escoamento
Identifique regiões com gargalos de conexão, pontos de alívio com novas linhas e oportunidades para conectar novos projetos de geração renovável.
4. Monitoramento de geração centralizada
Visualize todos os empreendimentos de geração solar, eólica, hídrica e térmica por estágio, grupo econômico e viabilidade de conexão ao SIN.

5. Simulações de impacto e investimento
Cruze dados técnicos e regulatórios com análises geográficas para entender como novos projetos de transmissão afetam o retorno e a viabilidade de usinas em diferentes regiões.
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