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ONS Aciona Termelétricas e Eleva Alerta para Déficit de Potência no Sistema Elétrico em 2025

  • Contato ePowerBay
  • há 2 horas
  • 3 min de leitura

Crescimento da demanda e predominância de fontes intermitentes exigem medidas emergenciais para garantir estabilidade no fornecimento


O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) acionou usinas termelétricas e solicitou prontidão total da capacidade térmica disponível como parte de um conjunto de medidas para mitigar o risco de déficit de potência no segundo semestre de 2025. O alerta foi disparado diante de projeções que indicam cerca de 21% de risco de déficit entre setembro e outubro, meses historicamente mais críticos devido à menor afluência nos reservatórios e ao aumento do consumo.


A medida marca uma mudança significativa no discurso recente do setor, que vinha se concentrando nos bons níveis de armazenamento e na expansão da matriz renovável. O novo cenário exige reativação de térmicas não despachadas há meses, antecipação de manutenções e estudos técnicos mais detalhados sobre flexibilidade operativa e resposta rápida de carga. A ordem é preparar o sistema para cenários de estresse, mesmo que isso implique custos operacionais adicionais.


Déficit de potência: um risco silencioso e sistêmico


Ao contrário do déficit de energia, que reflete a escassez ao longo do tempo, o déficit de potência é um risco instantâneo, ligado à incapacidade do sistema em atender à demanda no pico de carga. Isso pode ocorrer mesmo com reservatórios cheios ou com excedente de energia acumulada, se os ativos disponíveis não forem suficientes ou rápidos o bastante para entrar em operação no momento certo.


O problema tem se tornado mais frequente em sistemas com alta penetração de fontes intermitentes — como solar e eólica —, cuja geração depende das condições climáticas. Embora essas fontes contribuam para a diversificação e descarbonização da matriz, elas não garantem potência firme, exigindo o suporte de fontes flexíveis como térmicas, baterias ou usinas hidrelétricas moduláveis.


No Brasil, o crescimento acelerado do Ambiente de Contratação Livre (ACL), a digitalização da carga (como os data centers) e a concentração do consumo em determinadas regiões aumentam a pressão sobre o sistema. A confiabilidade depende, cada vez mais, de uma infraestrutura de suporte pronta para entrar em operação sob demanda.


Estratégia do ONS: ações coordenadas e reforço de margens operativas


Segundo o ONS, as ações em curso incluem:


  • Despacho preventivo de térmicas com contratos vigentes e disponibilidade imediata;


  • Manutenção do status de prontidão para térmicas reservadas;


  • Simulações de atendimento em horários de ponta, considerando indisponibilidades e falhas;


  • Ampliação das margens operativas, especialmente no subsistema Sudeste/Centro-Oeste;


  • Revisão de critérios de segurança de suprimento, inclusive com apoio da ANEEL e EPE.


Essas medidas visam garantir que o sistema esteja preparado para enfrentar eventos críticos sem comprometer o fornecimento — um desafio que se intensificará com o aumento da eletrificação da economia, o crescimento das fontes renováveis variáveis e a necessidade de resposta rápida em sistemas mais dinâmicos.



Como a ePowerBay apoia o planejamento em cenários de risco e transição


A ePowerBay oferece uma plataforma completa de inteligência regulatória, técnica e geográfica para agentes que atuam na geração, comercialização, operação e investimento no setor elétrico. Em um cenário como o atual, as ferramentas da plataforma se tornam ainda mais relevantes para:


1. Avaliar a exposição de portfólios ao déficit de potência


Com filtros por fonte, localização, tipo de contrato e conexão à rede, é possível identificar ativos mais vulneráveis a eventos de estresse.


2. Acompanhar disponibilidade e contratos de térmicas


Acesso a dados sobre térmicas em operação, reserva, outorga ou descomissionamento, com visualização por submercado.


Captura de Tela da Ferramenta de Análise de Projetos da Plataforma ePowerBay
Captura de Tela da Ferramenta de Análise de Projetos da Plataforma ePowerBay

3. Estudar capacidade e saturação da infraestrutura


Mapeie subestações e linhas por estado de carga, tensão e capacidade de expansão, e cruze com áreas de alta carga.


Captura de Tela do Mapa da Plataforma ePowerBay
Captura de Tela do Mapa da Plataforma ePowerBay

4. Monitorar fatores regulatórios e decisões do ONS


Atualizações constantes sobre comunicados, diretrizes operativas, Ponta do Sistema, programas de resposta da demanda e flexibilização.


5. Planejar investimentos em projetos de resposta rápida


Suporte para identificação de áreas com viabilidade técnica para baterias, térmicas de backup, hidrelétricas moduláveis e geração flexível.


 
 
 

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