China Investe R$ 2,3 Bi para Escoar Energia Renovável do Nordeste e Reforça Presença em Infraestrutura Elétrica Brasileira
- Contato ePowerBay
- 1 de jul.
- 3 min de leitura
Projetos da State Grid vão conectar novos empreendimentos eólicos e solares ao SIN e aliviar gargalos na rede básica
A State Grid Brazil Holding (SGBH), subsidiária da gigante chinesa State Grid, anunciou novos investimentos de R$ 2,3 bilhões em infraestrutura de transmissão no Brasil. Os recursos serão direcionados para a construção de linhas e subestações nos estados da Bahia e Piauí, regiões que concentram parte significativa da nova geração renovável do país.
Os ativos fazem parte de um conjunto de projetos com previsão de conclusão até 2027 e são considerados estratégicos para viabilizar o escoamento da produção de usinas solares e eólicas que avançam rapidamente no Nordeste brasileiro. O objetivo é integrar essa energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN), contribuindo para a estabilidade do sistema elétrico e para o crescimento do Ambiente de Contratação Livre (ACL).
Pressão sobre a rede cresce com a expansão renovável
O investimento da State Grid chega em um momento de alerta para o setor: o avanço da geração renovável, especialmente no Nordeste, já supera a capacidade de escoamento da rede em diversas áreas. Segundo o ONS, as projeções para os próximos anos indicam risco crescente de curtailment — ou seja, o corte da geração devido à limitação na rede de transmissão.
Essa limitação afeta diretamente o modelo de negócios dos empreendimentos: dificulta a contratação de energia no ACL, reduz a atratividade dos projetos e eleva a percepção de risco dos investidores. Com isso, iniciativas que fortaleçam a infraestrutura de conexão, como o projeto da State Grid, são vistas como essenciais para garantir a viabilidade técnica e econômica da expansão da matriz renovável brasileira.
Nordeste: centro da transição energética e foco de investimentos internacionais
A escolha da Bahia e do Piauí para esses investimentos não é por acaso. A região Nordeste reúne as melhores condições naturais para geração eólica e solar, com alto fator de capacidade, vasto território disponível e incentivos estaduais. Como resultado, o volume de projetos em desenvolvimento — muitos já com outorga e parecer de acesso emitido — torna a região um epicentro da transição energética no país.
Além disso, a presença de grupos internacionais como a State Grid indica que o Brasil continua sendo um dos destinos mais atrativos para investimentos em infraestrutura energética, especialmente em ativos de longo prazo com retorno regulado. A empresa chinesa já administra ativos como o Belo Monte Transmissora de Energia, e com os novos projetos amplia sua participação na expansão e modernização da rede elétrica nacional.
Como a ePowerBay apoia a análise estratégica desses investimentos
Para agentes da geração, comercializadoras, consultorias e investidores institucionais, entender o impacto dos investimentos em transmissão é essencial para tomar decisões mais seguras. A plataforma ePowerBay oferece funcionalidades que permitem:
1. Visualização de Linhas e Subestações Existentes e Planejadas
Navegue em mapas interativos com dados sobre linhas de transmissão, subestações, tensão, status regulatório e capacidade. Ideal para entender rotas de escoamento e áreas de saturação.

2. Monitoramento de Leilões de Transmissão e Concessões
Acompanhe os projetos já arrematados, cronogramas de implantação, players envolvidos e relação com áreas de interesse para geração.
3. Análise Técnica de Conexão
Acesse dados por subestação sobre tensão disponível, nível de ocupação e viabilidade para novos acessos — tudo cruzado com a malha de geração existente.

4. Painel de Geração Centralizada
Filtre projetos de geração por estágio (outorga, construção, operação), fonte (solar, eólica, hídrica), localização e grupo econômico. Avalie riscos e oportunidades por região.

5. Inteligência Territorial para Expansão
Combine dados regulatórios, geográficos e de infraestrutura para planejar novos empreendimentos com base em critérios de conexão, escoamento e viabilidade comercial.
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