Hidrogênio Verde e Derivados movimentam R$ 454 bilhões em investimentos no Brasil
- Fernando Witzel

- 25 de jul.
- 3 min de leitura
O Brasil vem se consolidando como um dos principais polos de desenvolvimento de hidrogênio verde no mundo. De acordo com um estudo inédito da consultoria Clean Energy Latin America (CELA), o país já acumula R$ 454 bilhões em investimentos anunciados para projetos de hidrogênio verde, amônia verde, e‑metanol e aço verde.

A análise foi apresentada durante o evento "Brazilian Hydrogen Conference 2025", em São Paulo, e detalha um cenário robusto, com projetos em diferentes estágios e regiões do país.
Panorama geral dos investimentos
Segundo o levantamento da CELA, existem hoje:
111 projetos mapeados
87 GW de capacidade instalada em fontes renováveis
R$ 454 bilhões em investimentos anunciados até julho de 2025
Desse total:
74 são projetos comerciais
22 são projetos-piloto
15 são iniciativas de pesquisa e desenvolvimento (P&D)
A Bahia e o Ceará lideram o ranking em número e volume de empreendimentos, com destaque para os hubs instalados em portos com vocação exportadora. Já os estados do Sudeste e Sul concentram projetos voltados à descarbonização da indústria e do transporte pesado.
Distribuição geográfica dos projetos
Os 111 empreendimentos estão localizados em 15 estados brasileiros, incluindo:
Nordeste: Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí, Sergipe
Sudeste: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo
Sul: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná
Centro-Oeste e Norte: Goiás, Mato Grosso do Sul, Amazonas
A estratégia é variada: enquanto alguns projetos visam exportação de amônia para mercados como Europa e Japão, outros buscam atender à demanda doméstica de indústrias que pretendem reduzir suas emissões de carbono.
Produtos e tecnologias em destaque
O estudo da CELA também apresenta uma segmentação dos projetos por tipo de derivado produzido:
Hidrogênio verde puro
Amônia verde
E‑metanol
Aço verde
A amônia verde lidera como principal derivado, especialmente nos projetos com foco em exportação e transporte marítimo.
Além disso, há crescimento nos projetos de e‑combustíveis e uso de H2V para descarbonizar rotas industriais (cimento, aço, fertilizantes, logística pesada).
Custo nivelado de produção (LCOE e LCOA)
O relatório apresenta estimativas detalhadas de custo de produção:
Hidrogênio verde (H2V):
Custo entre US$ 2,83/kg e US$ 6,16/kg
Variável conforme localidade, recurso renovável utilizado (solar/eólica) e escala do projeto
Amônia verde (LCOA):
De US$ 539/tonelada até US$ 1.103/tonelada
Ainda superior ao custo da amônia cinza (US$ 361 a US$ 1.300/ton), porém com tendência de redução até 2030
Oportunidades para o setor elétrico e infraestrutura
A expansão dos projetos de hidrogênio verde no Brasil exige:
Acesso a fontes renováveis competitivas (solar e eólica)
Capacidade de escoamento pela rede básica
Infraestrutura portuária
Gás canalizado para rotas industriais
Soluções de armazenamento de energia e segurança energética
Como a ePowerBay pode apoiar nesse contexto?
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Mapeamento georreferenciado
Localização de projetos e clusters industriais
Capacidade renovável associada
Distância de subestações e hubs logísticos
Dashboards analíticos
Ranking de investimentos por estado
Comparativo de tecnologias e aplicações (H2V, amônia, metanol, aço)
Histórico de evolução e novos anúncios
Prospecção e inteligência de mercado
Análise de demanda potencial
Identificação de offtakers industriais
Integração com dados do Mercado Livre de Energia
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