Com a compra de 45 usinas da Matrix, Thopen acelera rumo ao 1 GWp: entenda a estratégia por trás
- Fernando Witzel

- há 16 horas
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Atualizado: há 2 minutos
A Thopen deu mais um passo decisivo para consolidar sua presença no mercado de energia solar no Brasil. A empresa anunciou, neste mês de outubro, a aquisição de 45 usinas solares fotovoltaicas operacionais da Matrix Energia por R$ 556 milhões, reforçando sua estratégia agressiva de expansão via aquisição de ativos já em operação.

Com a incorporação dessas plantas, distribuídas em sete estados brasileiros — incluindo Paraná, São Paulo, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Alagoas —, a companhia alcança cerca de 700 MWp de capacidade instalada e se aproxima da meta ambiciosa de 1 GWp até 2026.
Segundo Gustavo Ribeiro, CEO da Thopen, a operação está alinhada ao plano de escalar rapidamente sua base de ativos, garantindo diversificação geográfica e estabilidade operacional. Esta é a quinta aquisição de ativos em 2025, consolidando o perfil da empresa como um dos principais consolidadores do setor de geração distribuída no país.
Um histórico de aquisições que redesenha o mercado
Desde o início do ano, a Thopen tem atuado como um verdadeiro agente de transformação no segmento de GD, protagonizando uma série de aquisições de grande porte. Confira os principais movimentos estratégicos da companhia:
Janeiro/2025: Nasce a Thopen a partir da fusão da RZK Energia com a Pontal Energy, em uma operação estimada em R$ 1 bilhão.
Junho/2025: Compra de 52 usinas solares no Nordeste (Bahia, Pernambuco, RN e Ceará), somando ~200 MWp, por R$ 750 milhões.
Julho/2025: Aquisição de 44 usinas da Raízen, incluindo plantas solares e de biogás, com 119,3 MWp de capacidade.
Agosto/2025: Aprovação no CADE da aquisição de até 13 usinas adicionais da Raízen, totalizando um portfólio superior a 140 MWp.
Julho/2025: Captação de R$ 293 milhões via emissão de debêntures para construção de 32 novos projetos de energia solar.
Agora, com a incorporação dos ativos da Matrix Energia, a empresa reforça seu portfólio em regiões estratégicas e se prepara para atingir 1 milhão de unidades consumidoras (UCs) atendidas até 2026.
Estratégia: crescimento por aquisição e diversificação regional
O modelo adotado pela Thopen prioriza a aquisição de ativos prontos, com geração já iniciada e contratos operacionais estabelecidos. Essa abordagem reduz riscos relacionados à construção e licenciamento, acelera o retorno sobre o investimento e fortalece o relacionamento com investidores e clientes.
Além disso, a empresa tem se mostrado atenta à diversificação regional dos ativos — uma estratégia importante para mitigar riscos climáticos, regulatórios e operacionais. Com usinas em mais de 10 estados, a companhia garante estabilidade de fornecimento e melhor aproveitamento do recurso solar.
Outro diferencial está na variedade de tecnologias: embora o foco principal esteja na geração fotovoltaica, a empresa também opera usinas de biogás — sinalizando abertura para outras fontes renováveis no futuro.
O que a consolidação da Thopen representa para o setor
A movimentação da Thopen deve impactar diretamente a estrutura de mercado da geração distribuída no Brasil. A consolidação de players regionais por grupos com capital intensivo acelera a profissionalização do setor, pressiona margens, mas também amplia a escala e a eficiência operacional dos empreendimentos.
Para fornecedores, integradores, consultores e investidores, a ascensão de grupos como a Thopen representa novas oportunidades de negócios — desde a venda de equipamentos até serviços de operação e manutenção de larga escala.
Já para o consumidor final — especialmente no modelo de energia por assinatura —, a tendência é de mais competitividade, maior confiabilidade e ampliação das ofertas de produtos e serviços energéticos.
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