Flexibilização da Operação do SIN Pode Liberar 1,8 GW e Reduzir o Curtailment de Fontes Renováveis
- Contato ePowerBay
- há 4 dias
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Medidas de planejamento e operação do sistema visam maior aproveitamento da energia gerada e segurança no escoamento
A Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG), em reunião realizada com representantes do governo, da ONS, EPE e CCEE, apresentou um plano para flexibilizar a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) com o objetivo de minimizar o desperdício de energia renovável por curtailment — prática que obriga a limitação de geração por falta de capacidade de escoamento ou restrições operativas.
A medida, caso implementada, pode liberar até 1,8 GW de capacidade de geração atualmente limitada, grande parte oriunda de fontes eólica e solar. A ação visa garantir maior aproveitamento da produção em momentos de alta geração e baixa demanda, especialmente em regiões como o Nordeste, que concentram uma alta densidade de usinas renováveis.
Curtailment: um desafio crescente para a expansão renovável
Com a forte expansão de usinas solares e eólicas nos últimos anos, o Brasil passou a enfrentar restrições operacionais para escoar toda a energia gerada, principalmente em horários de menor consumo e em regiões com infraestrutura de transmissão saturada.
O curtailment, embora comum em outros países, representa perda econômica para geradores e ineficiência sistêmica;
Em 2023, o Brasil teve mais de 2,5 GW de potência média subutilizada por esse motivo, segundo dados do ONS;
A projeção da CREG indica que, com ajustes operacionais e reforços de rede, o país pode absorver grande parte dessa energia até 2026.
O que propõe a CREG?
A proposta da CREG inclui uma série de medidas coordenadas para melhorar o despacho, o uso da rede e a previsibilidade da geração renovável:
Flexibilização de restrições operativas que limitam o intercâmbio entre regiões;
Reconfiguração de limites operativos em subestações e linhas específicas;
Maior uso de ferramentas preditivas para planejamento de curto prazo;
Adoção de estratégias de despacho preventivo em momentos de risco de vertimento.
Essas ações envolvem mudanças nos critérios de segurança operativa e demandam alinhamento entre ONS, ANEEL e os agentes de mercado. A implementação gradual permitirá, segundo a ONS, liberar energia sem comprometer a confiabilidade do sistema.
Como a ePowerBay apoia decisões em cenários de escoamento limitado
O aumento da geração renovável exige mais que investimento em plantas: é necessário entender as condições reais da rede, prever gargalos e antecipar riscos de escoamento. A ePowerBay oferece ferramentas que apoiam esse processo:
1. Capacidade de Subestações e Linhas
Identifique a saturação e a capacidade disponível em subestações e linhas próximas a projetos existentes ou em desenvolvimento. Visualize rapidamente os pontos de estrangulamento.

2. Análise de Curtailment por Região
Acompanhe os dados históricos e as zonas de maior incidência de restrições operativas. Avalie o risco de subutilização de usinas antes de investir.

3. Planejamento de Conexões
Simule pontos de conexão ideais com base em critérios técnicos, topológicos e de capacidade remanescente. Avalie alternativas viáveis para novos projetos.
4. Mapeamento de Infraestrutura
Visualize a infraestrutura existente — subestações, linhas, transformadores — com filtros por tensão, status de operação e proximidade de áreas de expansão.
5. Integração com Inteligência Regulatória
Monitore decisões da CREG, ANEEL e ONS sobre limites operativos, ajustes de despacho e revisões nos procedimentos de rede (PROREDE).
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