Tarifas de Transmissão (TUST) - Novos Recursos de Análise
Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica - TUST
A TUST é a tarifa que remunera o sistema de transmissão, ela é paga pelos usuários da Rede Básica: Geradoras, Distribuidoras, Consumidores Livres e Potencialmente Livres, e Comercializadoras que importam e exportam energia elétrica.
O cálculo da tarifa inclui os itens que compõem a receita das transmissoras e o orçamento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). É realizado a partir de simulação do Programa Nodal, que utiliza como dados de entrada a configuração da rede, representada por suas linhas de transmissão, subestações, geração e carga e a Receita Anual Permitida (RAP) a ser arrecadada no ciclo.
As tarifas são reajustadas anualmente no mesmo período em que ocorrem os reajustes da RAP das concessionárias de transmissão. Esse período tarifário inicia em 1º de julho do ano de publicação das tarifas até 30 de junho do ano subsequente. A receita total que deve ser arrecadada pela TUST no ciclo atual (2018-2019) é da ordem de R$ 24 bilhões, segundo informações da ANEEL.
O ePowerBay compilou os dados do ciclo 2018-2019, provenientes da Nota Técnica nº 164/2018-SGT/ANEEL de 13 de julho de 2018.
Disponibilizamos algumas análises nesta publicação, sendo que os dados completos estão disponíveis em nossa plataforma de inteligência de mercado, exclusivo para usuários com acesso completo.
O estado de Rondônia possui a TUST média mais elevada do país, pois conta com poucas usinas de alta capacidade instalada, e também o estado está localizado bem distante do grande centro consumidor.
Quando observamos os valores médios das TUST estabilizadas e atualizadas por fonte, as usinas térmicas a biomassa (UTE-bio) possuem o valor médio mais alto. Isso acontece porque a quantidade desses empreendimentos é menor quando comparado às outras fontes.
As usinas térmicas que utilizam combustível fóssil possuem valor de TUST médio mais baixo do que as outras fontes pois estão geralmente situadas próximas ao centro de consumo, não utilizando extensas linhas para levar a eletricidade até o consumidor.
Analisando a TUST das UHEs por estado, verifica-se que Rondônia tem a maior média, possui apenas 3 usinas (Santo Antônio, Jirau e Samuel) que entram na modalidade TUST. Todas elas estão distantes do mercado e possuem alta potência instalada.
Nos exemplos abaixo, mostramos com é fácil realizar uma análise através da plataforma ePowerBay e verificar informações sobre a TUST:
1. Acesse no menu Generation Centralized >> Search Project e faça uma busca pelos projetos desejados, clicando no botão "Search All"
O sistema irá exibir uma tela com diversas informações sobre o empreendimento, para visualizar as informações da TUST, selecione a aba "Legal", onde estão os dados sobre os atos legais referentes a tarifa, data de referência do ato, o valor da TUST histórica, o IAT e o valor da TUST estabilizada atual.
Veja como exemplo que entre as eólicas, a usina Miassaba III no estado do Rio Grande do Norte paga a maior tarifa, com R$ 13,208/kW e a usina Ventos do Nordeste no estado da Bahia paga a menor tarifa com R$ 2,948/kW.
Além da análise por projeto, você pode realizar uma análise pela região próxima a uma determinada conexão:
No menu superior selecione Transmission >> Connection Search.
Como exemplo busque a SE Igaporã II onde a Ventos do Nordeste está conectada. Clique na aba “Nearest Projects”, e verifique as informações sobre os projetos próximos como: TUST média, Fator de Capacidade médio, Fator de Capacidade e TUST individual de cada projeto.
Dentre os empreendimentos solares fotovoltaicos, o complexo Sertão Solar Barreiras composto por 4 projetos possuem a tarifa mais alta, com o valor de R$ 8,733/kW. O projeto Coremas II na Paraíba paga a tarifa mais baixa, no valor de R$ 4,257/kW.
Entre os empreendimentos térmicos que utilizam biomassa como combustível, a usina Tropical Bioenergia II do estado de Goiás possui a maior tarifa com R$ 8,958/kW e a usina Veracel da Bahia possui a menor tarifa com R$ 2,419/kW.
A usina GNA Porto do Açu III do Rio de Janeiro possui a maior tarifa entre os empreendimento termelétricos com o valor de R$ 10,433/kW, enquanto que a usina Viana do Espírito Santo possui a menor tarifa com R$ 0,31/kW.
Como a maioria das usinas PCH estão conectadas no sistema de distribuição, elas pagam a TUSDg - Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição. Dentre as que estão conectadas na rede básica e pagam TUST, a usina Indaia Grande (Figueira) do Mato Grosso do Sul possui a maior tarifa com o valor de R$ 5,115/kW enquanto que a usina Serra dos Cavalinhos II do Rio Grande do Sul possui a menor tarifa, com a valor de R$ 3,49/kW.
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