PDE 2026 traz inovações importantes na análise, modelagem e divulgação de resultados da expansão da

Aberta a consulta pública do PDE 2026 até o dia 6 de agosto de 2017 Contando com as diretrizes e o apoio da equipe do Ministério de Minas e Energia (MME), o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), com horizonte de 2026 – PDE 2026, estudo produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), está em Consulta Pública no MME até o próximo dia 06 de agosto. O objetivo do PDE é apresentar uma visão indicativa da evolução da oferta e demanda de energia ao longo dos próximos 10 anos. O PDE 2026 apresenta uma série de inovações. Pela primeira vez há a utilização de um modelo matemático de decisão de investimento como apoio à construção do cenário oferta x demanda de energia elétrica. O Plano também reconhece explicitamente a incerteza no exercício prospectivo. Nesse sentido, o PDE 2026 traz uma abordagem centrada na construção de uma trajetória de referência e em um conjunto de análises de sensibilidade (chamadas de cenários what-if), o que possibilita avaliar a evolução do setor de energia levando em conta a incerteza que a ronda. Importante mencionar que na discussão do estudo com a sociedade, novas análises de sensibilidade podem ser conduzidas e divulgadas entre esta edição e a próxima. Outra novidade do documento, visando discutir a complexidade do planejamento e aumentar a interação com a sociedade, é a utilização de quadros (ou “boxes”) que ressaltam mensagens, fazem provocações e buscam trazer a discussão e o livre pensamento para dentro do documento. O PDE 2026 também passou por um processo de reformatação e redação executiva, com diminuição de sua extensão, buscando com isso maior objetividade e um diálogo mais direto com o leitor, mas sem redução do seu conteúdo informacional. Ainda na direção de maior transparência, os dados de gráficos e tabelas, as figuras, textos explicativos e notas metodológicas estão disponíveis em arquivos de dados formato MS Excel ® na página do PDE no site da EPE. Em relação aos principais resultados do PDE 2026, os estudos sinalizam que a Oferta Interna de Energia (OIE), energia necessária para movimentar a economia, atinge o montante de 351 milhões tep (Mtep) em 2026, resultando em um crescimento médio de 2% ao ano. Desse montante, as fontes renováveis podem chegar a uma participação de 48% em 2026. As medidas incorporadas no Plano (e.g., a expansão de fontes renováveis para a geração de energia elétrica, o crescimento do uso de biocombustíveis, o aumento das medidas de eficiência energética, entre outras) resultam na manutenção do compromisso brasileiro de promover seu crescimento econômico apoiado em uma matriz energética limpa, aderente a Política Nacional sobre Mudanças do Clima (PNMC) e aos demais compromissos internacionais firmados de redução de emissões pelo Brasil. A expansão da oferta e do consumo de energia prevista no PDE 2026 atende à meta expressa para o setor de energia em termos do valor absoluto de emissões de gases efeito estufa no ano 2020. Os investimentos em infraestrutura energética para suprir a expansão necessária até 2026 alcançam R$ 1,4 trilhão. Petróleo e gás deverão absorver cerca de 70% do total estimado de investimentos, enquanto nos segmentos de geração e transmissão de energia elétrica, pouco mais de 25%. A expansão da capacidade instalada de geração elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) prevista para o horizonte decenal é de 64,1 GW, sendo que metade desse acréscimo refere-se à expansão de novas renováveis (biomassa, eólica e solar). Com relação à transmissão de energia elétrica, é previsto no PDE um acréscimo de cerca de 62 mil km em linhas de transmissão, e um acréscimo de 199 GVA em capacidade de transformação. Espera-se que a produção de petróleo atinja 5 milhões de barris por dia em 2026, o dobro do valor registrado em 2016. No fim do decênio, o pré-sal responderá por quase 75% da produção nacional de petróleo, com forte participação da Bacia de Santos. A previsão de investimentos relacionados à expansão da oferta de gás natural é da ordem de R$ 17 bilhões, dos quais cerca de R$ 5 bilhões em projetos previstos e R$ 12 bilhões em projetos indicativos. Os biocombustíveis continuarão a ter participação relevante na matriz energética brasileira no próximo período decenal. A oferta de etanol total alcança 44 bilhões de litros em 2026, sendo 39 bilhões de litros relativos ao etanol hidratado. A obtenção dos documentos e informações relacionadas ao PDE 2026 pode ser feita no seguinte link: http://www.epe.gov.br/pde/Paginas/default.aspx O envio das contribuições para o aprimoramento da proposta pode ser realizado até o dia 6 de agosto de 2017, por meio do Portal de Consultas Públicas do MME.